História, Filosofia e Educação Matemática: práticas de pesquisa
Neste livro, são apresentadas algumas experiências investigativas, individuais ou coletivas, desenvolvidas por membros do grupo HIFEM, que tomam como objeto de pesquisa essas relações entre História, Filosofia e Educação Matemática. Apesar da proximidade existente entre algumas dessas investigações, que se situam em um mesmo campo, a produção apresentada neste livro é "plural", não apenas em suas temáticas, como também nos referenciais e abordagens utilizados.
- 2a edição
- Revisada
- Abril/2011
- R$74,00
- Preço de capa
- 978-85-7516-436-5
- ISBN
- 298
- Páginas
- 140 x 210 mm
- Formato
- Português
- Idioma
na livraria virtual

Sumário
Apresentação
Capítulo 1
Grupo HIFEM: reflexões sobre uma experiência
Arlete de Jesus Brito e Maria Ângela Miorim
Capítulo 2
Vidas e Circunstâncias na Educação Matemática: configurações
Carlos Roberto Vianna
Capítulo 3
A Prática Social do Cálculo Escrito na Formação de Professores: a história como possibilidade de pensar questões do presente
Eliana da Silva Souza
Capítulo 4
Elementos para uma Compreensão das Matemáticas como Práticas Sociais
Denise Silva Vilela
Capítulo 5
Os Conhecimentos Matemáticos e a Experiência dos Sentidos: as elaborações de Diderot, d’Alembert, Condillac e Condorcet
Maria Laura Magalhães Gomes
Capítulo 6
A Filosofia da Educação Matemática de Paul Ernest e suas Relações com as Filosofias da Matemática de Imre Lakatos e de Ludwig Wittgenstein
Wilson Pereira de Jesus
Capítulo 7
Educação Matemática na CENP: possibilidades de interpretação
Gilda Lucia Delgado de Souza
Capítulo 8
Um Olhar sobre o Paradidático de Matemática
Andréia Dalcin
Capítulo 9
O Ensino de Matemática na Escola Técnica de Vitória nas Décadas de 1940 a 1960
Antonio Henrique Pinto
Sobre os Autores
Orelha
A expressão título deste livro, 'História, Filosofia e Educação Matemática', é a denominação de um grupo de pesquisa da Faculdade de Educação da UNICAMP, identificado abreviadamente pela sigla HIFEM. Criado em meados da última década do século XX, por um grupo de professores-pesquisadores envolvidos com a prática pedagógica de matemática, o programa de pesquisa do HIFEM toma como objeto de suas investigações as relações entre História, Filosofia e Educação Matemática.
Uma dessas relações, a primeira a se manifestar historicamente, diz respeito às possíveis formas de participação da história no processo de ensino-aprendizagem da matemática em seus diferentes níveis de ensino. Nas orientações das disciplinas do Curso Matemático da Universidade de Coimbra, criado em 1772, no rol das mudanças propostas pela Reforma Pombalina para o ensino superior, provavelmente o primeiro curso a ser criado com o objetivo específico de formar matemáticos, encontramos uma manifestação explícita de participação da história pelo "caminho dos inventores".
Ao assumir essa posição, os elaboradores dessas orientações estavam se alinhando à posição de Jean Le Rond d'Alembert (1717-1783), um dos autores da Encyclopedie ou Dictionnaire Raisonné dês Sciences, dês Artset dês Métiers, em sua defesa, adoção e divulgação da expressão, 'a ordem dos inventores', cunhada pelo matemático francês Alex Claude Clairaut, no prefácio de seu livro Eléments de géométrie, de 1741, para justificar o uso de uma abordagem diferenciada. Essa expressão tornar-se-ia uma "noção-chave do iluminismo e dos primeiros estágios da Revolução Francesa" (Schubring, 2003, p. 72).
Neste livro, são apresentadas algumas experiências investigativas, individuais ou coletivas, desenvolvidas por membros do grupo HIFEM, que tomam como objeto de pesquisa essas relações entre história, filosofia e educação matemática, denominadas pelos membros do HIFEM, respectivamente, como os campos da história, filosofia na educação matemática e história, filosofia da educação matemática.
Apesar da proximidade existente entre algumas dessas investigações, que se situam em um mesmo campo, a produção apresentada neste livro é "plural", não apenas em suas temáticas, como também nos referenciais e abordagens utilizados. Essa "pluralidade" indica que conseguimos o que inicialmente desejávamos: criar um espaço em "que 'a pesquisa se pluralizasse' e que 'vários passantes se cruzassem', sem erigir um lugar próprio nem acumular um tesouro cuja propriedade guardariam" (CERTEAU, 2004, p.22).
Maria Ângela Miorim